quinta-feira, 21 de julho de 2016

8

Tenho 8 amigas grávidas, 8! É obra!

Nós voltamos aos treinos à poucos meses, com a esperança que desta vez seja mais fácil, mais rápido. Sem precisarmos de ajuda.
Pensei que iria lidar melhor com esta situação, afinal já não é a primeira vez e já tenho o meu tesourinho. Muitas vezes até penso se não devíamos esperar um mais tempo para ele ser um pouco mais independente. Mas depois penso na nossa idade, nas nossas dificuldades em engravidar, na diferença de idade que gostava que os manos tivessem e decidimos não esperar mais. Deixar o destino tomar conta do resto.

Mas ao saber de todas estas grávidas voltei a sentir aquele sentimento amargo... Não é com facilidade que admito estas coisas tão feias... Fico feliz por elas, ainda bem que a família do coração aumenta, mas fico com aquela sensação de estar a ficar para trás. Como se isto fosse uma corrida... Enfim, sei que estes sentimentos não ajudam e tento continuamente mudar a minha perspectiva.

Neste momento tenho também o período atrasado, ah!

Nem sempre sou certinha com os 28 dias, mas são já alguns dias de atraso.
Fiz um teste antes do atraso, deu negativo, mas era antigo e já estava fora de prazo. E era o último. Também não tenho sintomas que não possa associar ao período, por isso não sei bem o que pensar.

Mas sei o que tenho que fazer: novo teste. 
Estou a ganhar coragem.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Offline

Não estou offline, nem nada que se pareça. Apenas desaparecida deste meu cantinho que tanta falta me faz.

Mas não vale a pena chorar sobre o leite derramado certo?

Isto do offline veio a propósito de me ter esquecido (pela primeira vez?) do telemóvel há umas semanas. Saí do trabalho e deixei-o lá, só me apercebi já a caminho de ir buscar o miúdo. 

Primeiro veio o pânico, como faço agora? E se precisar de ligar a alguém? Pior, e se alguém precisa de falar comigo e não consegue?

É ridículo, mas o pânico foi real. Senti-me incompleta.

Tinhamos um encontro marcado e correu tudo bem. Mais que bem, passado o desconforto inicial, fui invadida por uma sensação de liberdade imensa. Foi revelador, nunca me tinha dado conta deste vício.

Uns dias depois li um artigo sobre telemóveis e os comentários das pessoas eram inacreditáveis, pessoas que, propositadamente têm telemóveis de teclas ou nem têm telemóvel. 
"Não temos de estar sempre disponíveis ou contactáveis" Tão verdade!

Comecei a analisar o meu comportamento e reparei que estou sempre a ver se tenho chamadas perdidas, à mínima desculpa vou passear pelas redes sociais, vou ver o email, etc.

Percebo que o faço como se fosse uma mini pausa do trabalho, do miúdo, do que for, mas há maneiras bem melhores de desanuviar a cabeça uns minutos. Pior ainda quando é feito à refeição, a meio de uma brincadeira ou de uma conversa.

Então tenho feito um esforço consciente para estar mais distanciada do telemóvel.

Se perder uma chamada enfim, não sou o Batman, não será o fim do mundo!